quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Resumo do Livro: Eventos: como criar, estruturar e captar recursos.


Introdução

O setor de eventos teve um rápido desenvolvimento do setor de negócios, que surgiu como instrumento de promoção. No Brasil em 1958 foi realizada a Fenit – Feira Nacional da Indústria Têxtil. Em 1970 foi inaugurado o complexo Anhembi, com a feira do automóvel. Eventos com a finalidade não apenas de promoção, são bem recentes no Brasil. Estas feiras consideradas eventos institucionais, surgiram com a abertura do mercado em 1990. A evolução dos eventos de negócios em número e importância se deu em apenas 50 anos. Mas o aumento em números não foi o mesmo na qualidade organizacional. O exagero na quantidade levou os patrocinadores a selecionarem melhor os eventos dos quais seria interessante participar. Novas exigências fizeram com que surgissem profissionais mais qualificados para criar e desenvolver projetos e propostas mais adequadas. Este livro descreve capítulo a capítulo os passos necessários no desenvolvimento de um projeto. Tanto no marketing quanto no setor de eventos, existe um linguajar próprio, que será descrito no glossário. Este livro tem a intenção de deixar o leitor integrado a assuntos relacionados com a geração, estruturação e venda de projetos de eventos.


Capítulo 1: Geração, seleção e teste de idéias para eventos

Vários fatores como tecnologia, expectativa por parte dos consumidores e alta concorrência impulsionam as rápidas mudanças no mercado, tem obrigado as empresas a repensarem suas estratégias, nos eventos ocorreu o mesmo. Os projetos devem ser cada vez mais criativos que o dos concorrentes. As boas idéias devem ser estruturadas em três etapas: a geração de idéias -> a seleção de idéias -> e teste e avaliação das idéias selecionadas.


Geração de idéias...

Devido ao pouco tempo que é dado ao desenvolvimento dos projetos, é compreensível que os profissionais apostem logo na primeira idéia que surge, quando na verdade deveriam ter a oportunidade de gerar várias idéias e destas selecionar as realmente boas. São várias as fontes geradoras de idéias, as técnicas para isso são:

  • Observação;
  • Auto-análise;
  • Leitura;
  • Brainstorming;
  • Network.

“As fontes de geração de idéias são inúmeras e podem ser classificadas em duas categorias: internas e externas à empresa.” (p. 2)

Fontes internas: equipes de vendas, equipe de suporte e atendimento, caixas de sugestões, pesquisas internas, estrutura interna de pesquisa.

Como as fontes internas podem ajudar na geração de idéias:

  • Equipe de vendas. Os vendedores responsáveis por vender os eventos conseguem através das visitas aos clientes ricas informações, como motivos, expectativas e anseios.
  • Equipe de suporte de atendimento. Estas áreas estão em contato constante com críticas, opiniões e sugestões dos clientes, sugerindo a melhoria dos atuais eventos ou na realização de novos eventos.
  • Caixa de sugestões. São úteis para obter opiniões de quem trabalha no dia a dia da operação sobre idéias de melhorias nos atuais eventos ou de novas idéias.
  • Pesquisas internas. Constituem um mecanismo de coleta estruturado e com objetivos específicos, obtido através de questionário aplicado em cada funcionário.
  • Estrutura interna de pesquisa. É uma estrutura dedicada a pesquisar novas idéias de eventos ou novas formas de realizar os atuais.
Segundo pesquisas, apenas 45% das idéias são geradas dentro da empresa. Seu custo é mais acessível se comparado a outras.

Fontes externas: clientes, parceiros e fornecedores, concorrência, outros eventos e outras fontes.

O profissional que pretende gerar novas idéias pode buscar nestas fontes:

  • Clientes. Quase 28% das idéias são obtidas ouvindo-se e observando-se os clientes da empresa.
  • Fornecedores e parceiros de negócios. As empresas estão no meio de um processo, onde os parceiros e fornecedores são também fonte de possíveis idéias. Agências de propaganda e publicidade também são fontes a serem pensadas.
  • Concorrência. Deve-se analisar não somente os atuais concorrentes, mas também os potenciais. Analisando suas propostas comerciais, podem-se descobrir tendências nos planos futuros, pontos fortes e fracos, processos e vendas.
  • Outros eventos. Participar de eventos é a principal fonte de idéias. Neles é possível identificar o que pode ser melhorado, o que está faltando e o que pode ser copiado.
  • Outras fontes. Reportagens, anúncios em revistas, jornais e outdoors, livros técnicos ou qualquer outro meio de comunicação. A leitura é uma das inspirações utilizadas como fonte de idéias para eventos.

Seleção de idéias...

Usando os métodos citados, varias idéias serão coletadas, no entanto é necessário selecionar a melhor. Para isso devem-se analisar pontos fortes e pontos fracos, adequação a imagem da empresa e tendências a longo prazo, logo a seguir será analisado o retorno sobre o investimento, demanda e concorrência.


Processo de seleção de idéias...

Segundo a autora, dois critérios serão analisados: demanda e competência interna.

Demanda: consideram-se aspectos externos à empresa como a existência de demanda, seu tamanho e a participação do mercado diante da concorrência.

Competência interna: São os aspectos: a capacidade técnica de execução da idéia, a existência de recursos ou de parceiros, os custos, o impacto do negócio, adequação à imagem da empresa.

Existe um quadro que posiciona as idéias numa escala de adequação. Levando em conta a demanda e competência interna. Quadrante l (mais chances): as idéias posicionadas nesse quadrante são as que devem prosseguir no processo de seleção. Quadrante ll (necessidade de altos investimentos): as idéias neste quadrante devem, caso se pretenda seguir adiante com elas, ser analisadas com muito cuidado. Quadrante lll (restrição de demanda): se as análises estiverem corretas, as idéias posicionadas aqui, só devem seguir se desejarem penetrar num mercado novo sem expectativas de obtenção de receitas elevadas. Quadrante lV (menos chances): as idéias posicionadas aqui devem ser descartadas, representam baixa demanda e competência.


Grau de inovação...

Significa avaliar seu grau de inovação ou diferenciação no mercado, ela deve ter valor real e único diante do cliente. É conveniente que ela seja testada, antes de partir para o seu desenvolvimento e execução. No setor de eventos é inviável realizar pesquisas com o produto, pois ele não é físico, neste caso usa-se material impresso.

Para identificar se uma idéia é boa, existem 6 perguntas que medem seu grau de inovação.

1. Existe, na visão do cliente, outro evento similar em termos de estratégia, publico alvo e formato?

2. Em quanto tempo a concorrência conseguiria desenvolver a mesma idéia?

3. Ao desenvolver a mesma idéia, algum concorrente seria capaz de aplicar um valor mais acessível?

4. A
empresa tem maior tradição em eventos do que a concorrência?

5. Como o mercado enxerga a empresa?

6. Como o mercado enxergaria a idéia?


“Uma vez gerada, selecionada e testada a melhor idéia entre as cogitadas, o promotor enfrentará a próxima etapa do processo, que consiste na estruturação da idéia selecionada.” (p.10)


REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:

GIACAGLIA, Maria Cecília. Eventos: como criar, estruturar e captar recursos. Editora Thomson.

1 comentários:

Cidadão Cão 10 de setembro de 2009 às 14:07  

Pessoal, o blog de vocês ficará muito bom. Mas é preciso agitar mais, fazendo que esta ferramenta funcione como uma espécie de diário do Curso. Vocês podem colocar tudo aqui: processos, decisões, comentários sobre aulas e projetos etc. Outra coisa: cuidado com a correção do texto. Um exemplo? Olhem só como vocês escreveram REFERÊNCIA. No mais, meus parabéns. Ah! Tem mais: estou certo de que a ideia de vocês para a Lei de Incentivo dará um ótimo projeto. Um abraço.

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